54º - essas "coisas" da vida...

Existem coisas nessa vida com as quais interagimos durante muito tempo sem ao menos nos perguntar para que raios aquilo existe. Por exemplo, as portas giratórias, por que existem? Elas apenas dificultam a entrada e saída de pessoas em lugares onde há alta rotatividade.

Sim, tenho boas lembranças delas, assim como tenho das cabines telefônicas. Quando criança, me recordo bem das vezes em que Clark penetrava de terno pelas portas e saia voando em disparada de sunga e capa. Mas isso foi a tanto tempo que hoje não vejo mais utilidade para elas. E não deve ser só eu, tanto que em alguns lugares já existem portas normais ao lado da giratória. E as pessoas preferem as normais, pelo menos eu evito momentos embaraçosos indo pela normal. Afinal de contas, você sempre tem que esperar alguma criança atravessando a porta empurrando pelo vidro, ou outra pessoa sair para poder entrar. Você pode arriscar uma entrada sincronizada com a saída de outra pessoa, porém, se alguém tropicar, dentes podem cair. Pense só, você adentrando a porta enquanto Clark está saindo...

Certo! Em eventos grandiosos, como jogos de futebol, acho até interessante. Afinal, seres do pântano estão sempre presentes nessas ocasiões, e sabe como é, tigre é tigre. Todavia, existe um desperdício potêncial em não aproveitar essa rotatividade de outra forma, transformá-la em energia elétrica talvez. O que faz esse aspecto interessante perder seu crédito positivo. Ou alguém já ouviu falar da usina Tigrelétrica do Morumbi?

Outro problema são os bancos, que tem uma entrada apenas e consequentemente, lógico, uma saída. Por motivos de segurança, existe uma porta dessas giratórias com sensor anti-metais configurada para: "confisque tudo que tenha metal suficiente para fazer uma obturação".
Desgraçadamente para os clientes do banco, o sensor funciona e enquanto um desafortunado faz strip-tease dentro da porta, filas enormes se formam para entrar e para sair.

Mas o lamentável da questão é que as possibilidades de eu presenciar um grande assalto de moldes cinematográficos foi por água abaixo. Imaginem só o facínora com uma meia calça cobrindo a cara, uma espingarda na mão, colocando o relógio na cestinha plástica da porta, para ver se o bedel libera sua entrada...tosco.

Enquanto isso, seu parceiro está do lado de fora dentro do carro, motor ligado para fuga, com uma máscara do Jason...

"Digam queijo!" "Queijo senhor?"