4º - o amor na evolução das espécies

Você já reparou que a maioria dos seres humanos possuem o mal do preconceito racial? Claro que já, principalmente os corinthianos.
Tudo bem, nada de anormal nisso. É uma coisa cultural que com tempo vai passar.

Interessante é saber que os animais já superaram isso há muito tempo e nem por isso são apontados como seres inteligentes.

Já os humanos, tem a cara-de-pau de xingar uns aos outros de burro, anta, porco e afins...Esses dias no trânsito vi um motorista de ônibus xingar uma mulher de cadela, não sei quem estava errado (provavelmente o motorista de ônibus, fiquei na dúvida apenas por que o outro motorista era uma mulher) mas logo ela retrucou vociferando: Cavalo! E a discussão acabou por aí.

Esse comportamento é nítido nos tigres* que moram nas partes periféricas do pântano. Como sofrem da preguiça do pensar, extravasam a raiva em apenas uma palavra.

*Sim, fazemos isso também, afinal somos humanos como vocês. Semelhantes em imagem e só. Mas não achamos as pessoas burras, talvez alguns sofram da síndrome do cérebro pequeno. Mesmo por que o burro faz muito bem aquilo que é pago para fazer, assim como o pato, o jacaré e o porco (com exceção do palmeiras).
Deixando claro que os xingamentos são atribuídos apenas às pessoas que agem de forma merecedora, não participamos do grupo dos tigres, onças, lontras, capivaras, cowboys, entre outras espécies pantanescas.

Por outro lado, no mundo dos quadrúpedes, a harmonia parece estar em alta.
Por conta da ação de algum vizinho maldito, uma gata morreu envenenada. Ficamos tristes por que adoramos os gatos, mas só choramos quando descobrimos que ela ainda amamentava a prole de bichanos com seu colostro (vide rodapé do segundo post). Como sempre os humanos querendo destruir o mundo.
Surpresa foi a nossa, quando uma cachorra que aparentemente odiava gatos resolveu alimentar as bocas famintas. Impressionante o instinto materno!

Eu que quando era pequeno e brigava com os pivetes do meu prédio que xingavam minha mãe de vaca ou coisas mais fortes, não entendia por que ela não se ofendia e me dizia para não dar ouvidos.
Um dia ela me explicou impondo sábias palavras, numa época em que eu ainda à olhava de baixo para cima: "Filho, por que me irritaria com um xingamento desse? As vacas são animais abençoados, que nos servem com sua carne, seu leite, suas crias e ainda, se precisar e/ou se possível, alimentam todas as outras espécies animais que compartilham do mesmo pasto sem o mínimo de discriminação".
É claro que depois de ouvir isso, peguei minha bola e fui jogar futebol, só entendendo o significado de tudo muito tempo depois.

O resultado foi que eu nunca mais xinguei nenhuma mulher de cadela ou vaca, e olha que não me faltaram motivos.