3º - Dinheiro na mão é capim...

Você já ouviu algum caso de uma pessoa próxima que achou uma quantia enorme de dinheiro? Pois é, nem eu, mas no nosso espírito fuçador, no bom sentido, é claro, resolvemos analisar.

Realmente, aqui no Pântano acreditamos que as pessoas são honestas, dependendo dos olhos de quem vê. Por exemplo, um pirata enxerga pela metade, um estrábico igual a uma mosca e o Ray Charles, ninguém sabe, ninguém viu.

Assim sendo, temos aquele professor de economia, que com 39 anos ainda mora com a mãe, semi-virgem, bem vestido e de cabelo engelzado. Temos também uma senhora corcunda, viúva há 20 anos, criadora de gatos e viciada em Plantão Médico. Uma jovem pura, quase adolescente de 11 anos, cabelo liso pela orelha, gordinha, filhinha de mamãe. Por último temos também um motoboy, 28 anos, tigre maldito que costura o trânsito numa cg125 com a placa amassada e caixote cheio de adesivos de rádios pantanescas.

Analisando friamente, qual destes nunca devolveria uma grande quantia de dinheiro achada na rua? Pense. . . . . . . . . . . . .

Se você respondeu o motoboy, acertou! Por isso nunca saiu nos tablóides uma notícia sobre um motoverme fazendo uma ação humanitária ou de caridade. Não gosto de generalizar, mas motoboy é igual taxista sem passageiro e motorista de ônibus, só servem para atravancar o trânsito. Eles só precisam dirigir e mesmo assim fazem errado, auxiliar de futebol faz menos cagada.

Tirando o tigre, dos outros eu não duvido nada.

Entretando, existe eu, que se achasse uma grande quantia de dinheiro na rua, logo de imediato usaria para pagar umas dívidas e impostos. Caso sobrasse 1 real, arriscaria uma lotofácil. Quem sabe eu acerto 11 números e ganho a bolada de 2 reais junto com mais 125347832 pessoas.

Bom, a pré-adolescente que comentamos pouco atrás, fez uma boa ação e trocou $1350 do bom por $50... e a lontra nem estava num programa do Silvio Santos dentro de uma cabine a prova de som com um fone enorme na cabeça.

Com 11 anos e $1350 na mão, eu seria rei. Até que ponto vai a sanidade das pessoas? É verdade que ser honesto é ganhar quando se perde? Ããããããã...(pantanenses coçando a cabeça em profusões duvidosas)

Moral da história: Não fui eu que achei a dinheirama, não foi a velha e nem o nerd. Também não foi o caprino do motoboy, ainda bem, não aceitaria que ele tivesse melhor sorte que eu.